Movimento Cívico pela Linha do Vouga

"Estamos na luta pela Linha do Vouga. Todos nós sonhamos com algo e todos nós ambicionamos algo. Aquilo com que sonhamos e com que ambicionamos é que a via estreita tenha um futuro e não um fim. Queremos que preservem a última linha de via estreita do país, que a renovem, que lhe "limpem a cara". Não queremos que a eliminem pois faz parte da nossa história. Queremos que os nossos filhos, netos e bisnetos, possam, no futuro, desfrutar das mesmas aventuras que todos nós (ainda) podemos desfrutar. A história da Linha do Vouga é algo que tem de ser preservado, pois um país que não preserve a sua história, não é um país. A via tem um potencial turístico enorme, assim como uma afluência de passageiros que consideramos sustentável caso a oferta de comboios seja melhorada. Em Espanha, encontram-se alguns exemplos de como a via estreita pode ser rentável no século XXI, basta para isso algum dinamismo e vontade política para que isso aconteça de igual modo em Portugal."

A Linha do Vouga Propostas e Reivindicações

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Publicações

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

O 'Cancro dos Grafitis' na Linha do Vouga: Um Alerta para o Património

Durante o período em que Nuno Freitas esteve na presidência da CP, este era o aspeto habitual das automotoras, onde a empresa terá eliminado os grafitis em 99,5% do seu material circulante, em 2022.

A Linha do Vouga e o seu comboio, carinhosamente apelidado de "Vouguinha", é muito mais do que um simples trajeto ferroviário de via métrica no distrito de Aveiro; é um património histórico e um elo de coesão territorial. 

No entanto, ao longo dos anos, este símbolo de resistência e história tem enfrentado uma ameaça que muitos ativistas, entusiastas e até alguns meios de comunicação social têm classificado como o "cancro dos grafitis".

A Degradação Visual e Estrutural

O termo "cancro dos grafitis" é naturalmente uma metáfora dramática que ilustra a proliferação descontrolada e o impacto negativo da pintura não autorizada nos comboios, estações e demais infraestruturas ferroviárias em Portugal, com especial incidência na Linha do Vouga. Esta situação, que se agravou consideravelmente nos últimos anos, transcende a mera questão estética, atingindo aspetos cruciais:

 * Vandalismo de Material Circulante: As automotoras, já antigas e em necessidade de modernização, são frequentemente alvo de pintura ilegal de alto a baixo. Isto inclui o exterior, afetando até as janelas e vidros e, em alguns casos, o próprio interior;
 * Degradação das Estações: As estações e apeadeiros ao longo da linha também não escapam, com as paredes e edifícios a serem desfigurados, contribuindo para um cenário desolador e de abandono.

Este é o aspeto atual das automotoras UDD 9630 que fazem o serviço comercial de passageiros. Nota: para evitar a promoção do vandalismo, os grafitis da imagem foram alterados por IA.

Consequências para a Linha e para a Comunidade

O problema dos grafitis na Linha do Vouga não é apenas um incómodo visual; tem consequências graves que ameaçam a própria sobrevivência e a dignidade do serviço:

 * Afugentamento de Passageiros: O mau aspeto e a degradação visível dos comboios e estações afastam potenciais passageiros. Ninguém deseja viajar num meio de transporte que transmite uma imagem de vandalismo e desleixo, o que prejudica a luta pela manutenção e revitalização da linha;
 * Custos Acrescidos: A limpeza destas pinturas acarreta despesas avultadas para as empresas gestoras (como a CP - Comboios de Portugal e a Infraestruturas de Portugal), retirando recursos que poderiam ser aplicados na manutenção e modernização, tanto do material circulante como da via férrea, que já é uma necessidade gritante;
  * Risco para a Imagem e Futuro: Para movimentos cívicos e defensores da Linha do Vouga, o vandalismo representa um risco real de encerramento do serviço de passageiros. A degradação contínua pode ser usada como argumento para desinvestimento e, em última instância, para a desativação da linha, algo que já aconteceu parcialmente (por exemplo, com o corte entre Sernada do Vouga e Oliveira de Azeméis, substituído por táxis em 2013).

O Apelo Cívico e a Necessidade de Ação

Perante este cenário, o Movimento Cívico pela Linha do Vouga (MCLV) e outras entidades têm lançado apelos veementes às autoridades e empresas responsáveis. A exigência é de "mão mais pesada" no controlo e fiscalização deste património, que é de toda a comunidade.

O desafio está em encontrar um equilíbrio entre a liberdade da expressão artística urbana e a preservação do património público. O vandalismo, que é a aplicação não autorizada de grafitis em propriedade alheia, é ilegal e destrói o que é de todos.

É urgente que as empresas e as câmaras municipais servidas pela linha colaborem no sentido de:
 
 * Reforçar a vigilância nas estações e nos locais onde o material circulante pernoita;
 * Promover a limpeza e manutenção de forma mais célere;
 * Sensibilizar a população para a importância da Linha do Vouga como um bem cultural e de transporte.

O "Vouguinha" é um testemunho de resistência, mas a sua história não pode ser manchada e comprometida pela ação destrutiva do "cancro dos grafitis". A propósito desta temática, no seu mais recente episódio, o podcast "Sobre Carris" faz manchete precisamente com o "Turismo de Grafitagem" que tem assolado o nosso país. Oiça aqui:


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Sugestão MCLV: Livro 'Caçador de Locomotivas', de Ricardo Grilo

Há dez anos, entrevistámos aquele que consideramos como um dos maiores entusiastas do caminho de ferro, e principalmente da Linha do Vouga, Ricardo Grilo. Hoje, sugerimos a leitura do seu mais recente livro: o "Caçador de Locomotivas".

Profusamente ilustrado com fotos originais, este livro, que apresenta logo na capa a locomotiva a vapor CP E97 que se encontra resguardada em Sernada do Vouga, tem um grande enfoque nas linhas de via estreita em Portugal e Espanha, com particular atenção à Linha do Vouga, por ser uma das favoritas do autor que, nos anos 1980 e 90, percorreu todas as linhas portuguesas em busca de uma época que então acabava.

O livro com 218 páginas, 260 fotografias originais a cores e 15 perfis é um álbum de histórias e imagens coloridas de um país e de uma ferrovia que na sua maioria já não existe.

Ao complexo do Vouga são dedicados três capítulos, sendo um primeiro designado “Almoço no Vouga” a descrever um episódio passado com o autor em 1970, quando descobriu as automotoras a gasolina ME50; outro a referir o Ramal de Espinho denominado “Os comboios do Mar Azul”, e por fim, um final intitulado “Requiem pelo Vouga” que descreve diversos aspetos da linha, apresentando diversas fotos, incluindo algumas realizadas na semana antes do encerramento do troço Sernada a Viseu, em 1990. 



O livro com 218 páginas, 260 fotografias originais a cores e 15 perfis é um álbum de histórias e imagens coloridas de um país e de uma ferrovia que na sua maioria já não existe. Foi escrito numa linguagem tecnicamente correta, mas acessível aos não-iniciados no tema de modo a poder ser interessante para todos os leitores e não apenas para especialistas. 


Pode ser adquirido diretamente ao autor/editor (é o mesmo) ou em locais de venda selecionados de norte a sul do país que podem ser encontrados na imagem abaixo.



Para aguçar o apetite pela leitura, partilhamos aqui novamente a entrevista que Ricardo Grilo nos concedeu em 2015 (clique sobre o texto).


terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Marchas de formação de maquinistas no troço central da Linha do Vouga


Neste vídeo, mostramos algumas circulações das automotoras UDD 9630 relativas a marchas especiais de formação de maquinistas que têm decorrido no recém-renovado troço central da Linha do Vouga. 

Estas imagens foram captadas em vários locais do troço que liga Oliveira de Azeméis a Sernada do Vouga, entre os dias 19 de novembro e 1 de dezembro. Com a velocidade máxima estipulada nos 40 km/h, estas marchas continuarão a decorrer até ao dia 12 deste mês.


🎬 Créditos: Imagens captadas por Vitor Gomes e Jorge Seoane

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Ultrapassamos a marca dos 11 mil seguidores no Facebook


A nossa comunidade continua a crescer e já ultrapassamos a marca redonda dos 11 mil seguidores no Facebook. Esta é mais uma pequena conquista que nos permite reafirmar a importância do Movimento Cívico pela Linha do Vouga como uma das comunidades com maior capacidade e responsabilidade na promoção e divulgação da Linha do Vouga. 


Somando os seguidores de todas as nossas redes sociais, este número ultrapassa largamente os 12 mil, o que demonstra que as pessoas continuam interessadas por esta linha centenária e estão preocupadas com o seu futuro. A nossa luta já perdura há mais de 14 anos e os tempos que se avizinham esperam-se uma vez mais difíceis, desafiantes, mas com o sentimento de que o futuro da linha está salvaguardado e será mesmo modernizada. 


Queremos continuar a crescer e estamos convictos que este número poderá ser ainda maior, por isso apelamos a todos aqueles que nos acompanham para darem o seu pequeno contributo seguindo a nossa página. Todos seremos poucos, mas poucos podem fazer muito! O nosso muito obrigado a todos os que nos apoiam e seguem fielmente o nosso trabalho!


Quanto mais longe chegar a nossa mensagem, maior será a probabilidade de vencermos a luta por uma Linha do Vouga moderna e a servir cada vez melhor as populações. Por isso, se ainda não nos segue, convidamo-lo a fazê-lo pois esse pequeno contributo é para nós um grande incentivo. Fazemos ainda o apelo para que nos siga também nas nossas restantes redes sociais: 


https://linktr.ee/mclvouga


terça-feira, 25 de novembro de 2025

Comboio Histórico do Vouga está de regresso para mais uma edição de Natal

Créditos da imagem: Facebook da CP

Foi no dia após a Linha do Vouga ter completado os seus 117 anos que a CP resolveu "presentear" os seus clientes e demais entusiastas com o anúncio oficial de mais uma edição natalícia do Comboio Histórico do Vouga, que este ano circulará todos os sábados e domingos, de 7 de dezembro a 4 de janeiro. 

A histórica composição voltará aos carris para mais uma jornada festiva entre Aveiro e Macinhata do Vouga, com direito às habituais visitas ao Museu Ferroviário local e ao centro da cidade de Águeda.

Comparativamente com a edição anterior, registamos nova ligeira subida do preço dos bilhetes, no entanto continuemos confiantes que esta edição voltará a ser um sucesso. A venda dos bilhetes já se encontra disponível na seguinte ligação:


domingo, 23 de novembro de 2025

Linha do Vouga completa 117 anos!

Foi há 117 anos que el rei D. Manuel II inaugurou a Linha do Vouga. A 23 de novembro de 1908, o último monarca de Portugal percorria o primeiro troço desta linha, entre Espinho e Oliveira de Azeméis, naquela que é agora a última em via estreita em funcionamento no nosso país. 



Atualmente, a via férrea que liga Espinho a Aveiro pelo interior do distrito, continua a aguardar pela tão desejada requalificação, embora este ano se tenham verificado pequenos avanços a esse respeito, nomeadamente com a conclusão dos trabalhos de renovação de via do troço central, assim como com a confirmação da parte do governo de que iguais trabalhos irão avançar brevemente nos troços Feira-Espinho e Águeda-Aveiro. Ao nível de material circulante, destaque para o início dos trabalhos da reparação da caldeira da locomotiva a vapor CP E214 e para o regresso da locomotiva a diesel CP 9005 à Linha do Vouga.


Por mais 117 anos ao serviço das populações aveirenses! Muitos parabéns à Linha do Vouga e ao nosso querido Vouguinha!


Anos
A idade da Linha do Vouga
98 Quilómetros
Via férrea ativa entre Espinho e Aveiro
610000 Passageiros
Média anual na Linha do Vouga

Galeria

Material circulante
Diesel
Material circulante
Vapor
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Estações, apeadeiros, pontes...
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