Afinal, quando arrancam as obras do troço central?

Esta parece ser uma questão para 1 milhão de euros. Bem, na realidade e mais concretamente para 4,95 milhões de euros, já que foi este o valor apresentado a concurso público para a renovação do troço central, entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga. Chegamos ao início do novo ano e, até ao momento, só temos uma única certeza: João Galamba é o novo ministro das infraestruturas. Como tal, o MCLV aproveita, em primeiro lugar, para expressar publicamente o seu agradecimento ao anterior ministro, Pedro Nuno Santos, por ter realizado uma autêntica revolução na ferrovia nacional e por ter iniciado o processo de modernização da Linha do Vouga dentro dos parâmetros por nós defendidos. Depois, relativamente à tomada de posse do novo ministro João Galamba e do seu secretário de estado, Frederico Francisco, queremos desejar-lhes a maior das sortes neste novo desafio, que passa sobretudo pela aplicação do Plano Ferroviário Nacional (PFN), que é de extrema importância para o futuro da Linha do Vouga. E de extrema importância é a sua concretização conforme se encontra escrito atualmente. 

O nosso apelo para o novo ministro e o seu secretário de estado vai no sentido de manterem a audácia e a resiliência para não recuarem um único centímetro naquilo que está previsto no PFN, pois entendemos que apresenta a melhor e a mais realista solução de modernização para esta via férrea por nós defendida. Esperando manter a mesma relação de cordialidade da anterior tutela com a atual, o MCLV alerta que estará sempre em constante avaliação de todas as medidas que forem aplicadas de futuro na Linha do Vouga e que estará sempre disponível para dialogar e debater o que entendermos ser o melhor para todas as partes. 

Mas, voltando à questão inicial, é mesmo da nova tutela que queremos respostas. Quando começam, afinal, as tão aguardadas obras do troço central? A empreitada encontra-se a concurso público e, daquilo que sabemos, até ao momento, não foi divulgado qualquer vencedor. Relembramos que o início destas obras estava previsto para o terceiro trimestre do ano transacto... Foi com grande ansiedade que esperamos pelo início do novo ano para verificar a existência de desenvolvimentos, mas foi, também, com grande apreensão que constatamos que, para já, não existem quaisquer avanços. Estas obras são fundamentais para a melhoria da operação ferroviária da Linha do Vouga e carecem de enorme urgência. Cada dia de atraso do início destas obras é um dia em que a perspectiva de uma linha moderna e funcional é adiada.