A verdade é que o tempo foi passando e quase um ano depois, as obras continuam por arrancar. Preocupados com o atraso, questionamos a IP, a qual nos informou de que as obras poderão finalmente ver o seu início entre Abril e Maio deste ano. Chegados a meio do mês de Abril, a verdade é que obras nem vê-las, mas continuamos expectantes a aguardar... Ora, analisando o período estabelecido pelo PNI2030 para a modernização da linha do Vouga (2021-2025), rapidamente percebemos que será muito difícil, para não dizer "impossível", que esta fique concluída dentro do prazo, pois ainda só foram efetuadas as renovações de via nos troços Sernada do Vouga-Águeda (2015) e Oliveira de Azeméis-Santa Maria da Feira (2022), os quais juntos não perfazem sequer um terço dos 96 quilómetros desta linha. Modernizar a linha do Vouga deveria ir muito mais além do que simplesmente renovar a via e eletrificá-la, mas a verdade é que o PNI2030 não contempla, até ao momento, muito mais do que isso. Seria importante que fossem efetuadas correcções em pelo menos 20% do traçado, mas para já isso é algo que erradamente não consta nos planos... Quem o confirma é o próprio vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, que em entrevista ao podcast "Sobre Carris", deu algumas notas importantes sobre o assunto. Resumidamente, Carlos Fernandes alertou que dos 100 milhões de euros previstos para a modernização da Linha do Vouga, 15 a 20 milhões serão destinados para a automatização de todas as passagens de nível; 20 a 30 milhões correspondem às renovações integrais de via e, por fim, a grande fatia do bolo irá para a eletrificação a 750V, com valores entre os 50 a 60 milhões de euros.
Embora sem revelar valores, o vice presidente da IP abordou, ainda, a possibilidade do prolongamento da linha em Espinho para reposição do interface com a Linha do Norte, confirmando que o orçamento previsto não contempla correções de traçado.
Notícia do Observador:
Podcast "Sobre Carris":
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