Foto: cp.pt |
Assistimos mais uma vez ao total desprezo por parte da Área Metropolitana do Porto (AMP) em relação à Linha do Vouga, desta feita pela voz do seu próprio presidente. Há muitos anos que ouvimos promessas sobre a integração da Linha do Vouga no sistema Andante. As notícias repetem-se, sempre a dizer que está tudo pronto para avançar, mas agora o presidente da AMP veio afirmar que desconhece qualquer pedido.
Como é possível que, após tantos anos de promessas, ainda não haja progresso? Os Transportes Intermodais do Porto (TIP) afirmam estar 100% preparados para a implementação, mas o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, insiste que não tem conhecimento de pedidos. Já não chega de "jogo do empurra"?
Deste modo, vimos por este meio apelar a que os presidentes das câmaras municipais integradas na AMP (especialmente os das autarquias de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Espinho) pressionem a quem de direito no sentido de acelerar processo de aprovação e consequente implementação do Andante na Linha do Vouga. Não querendo ser injustos, mas no meio de avanços e recuos, quer parecer-nos que tem existido uma profunda incompetência na procura da resolução deste problema.
Mas não é só o Andante que teima em chegar à Linha do Vouga. O sistema de bilhética é obsoleto, persistindo apenas a modalidade de comboio regional, quando poderia muito bem existir comboios do tipo "Urbano", caso existisse material circulante em quantidade e qualidade suficiente. Além disso, como continua por repor a interface com a Linha do Norte, em Espinho, não é possível aos passageiros do troço norte a aquisição de bilhetes com destinos para lá deste, ou seja, e a título de exemplo, um passageiro de São João da Madeira que queira ir para o Porto continua a não conseguir tirar um bilhete direto.
Algo continua mal, muito mal na Linha do Vouga e garantidamente não é a bitola. Caso para dizer: Andante, "tás onde"?
MCLV, 29 de julho de 2024
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