Na última reunião de câmara do município de Oliveira de Azeméis, realizada a 1 de agosto, o presidente daquela autarquia, Joaquim Jorge, afirmou ter "indicação do ministro para não revelar o que foi discutido na reunião" entre este e os autarcas da AMP (ver vídeo*). Questionamo-nos, por isso, quanto ao que terá sido abordado sobre a Linha do Vouga, uma infraestrutura pública, com serviço público ferroviário, que não possa ser divulgado em espaço público.
Sabe o MCLV que é vontade da maioria dos autarcas a reconversão desta via férrea em bitola ibérica para uma ligação direta ao Porto, algo que, na nossa e na opinião de vários técnicos especialistas, é praticamente impossível de concretizar por motivos vários. O MCLV não pode aceitar de modo algum que haja secretismos em discussões sobre obras públicas, sobretudo, porque não queremos que aconteça à região do Entre Douro e Vouga aquilo que aconteceu à região de Coimbra. Como tal, recusamos por completo a mínima possibilidade ou ideias de uma eventual conversão da última linha de bitola estreita portuguesa numa linha de metrobus.
Estamos convictos que secretismos são coisas que normalmente se associam a estados ditaturiais, e visto que vivemos numa democracia, isto é algo que fica muito mal, quer do ponto de vista ético, quer do ponto de vista da própria transparência. Assim sendo, é imperial a exigência para que se torne público o que foi discutido nas reuniões da AMP, quer com o Sr. ministro das Infraestruturas, quer com o Sr. ministro Adjunto e da Coesão Territorial. Está em causa o respeito pelos passageiros desta linha e por todos aqueles que lutam pelo seu futuro diariamente.
*Vídeo da reunião de câmara de Oliveira de Azeméis (Linha do Vouga abordada a partir do minuto 21):
MCLV, 7 de agosto de 2024
Se essa tal ligação ao Porto for feita algum.dia, o que acontecerá ao troço entre Oliveira de Azeméis, e Espinho ?
ResponderEliminarSuponho que é possível manter comboios suburbanos frequentes, para Espinho, e para o Porto 🤷