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quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Já conhece o futuro comboio histórico da Linha do Vouga? Não? Então deixamos-lhe aqui um "cheirinho"daquilo que poderá ver e usufruir já no verão de 2017. Nas imagens, datadas do ano de 2006, podemos observar a locomotiva diesel CP Alsthom 9004 a rebocar a carruagem histórica CEYF 466. Estas manobras decorreram entre o posto de manutenção (da extinta Linha do Corgo) e a estação da Régua.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
No âmbito de estudar e comparar a realidade da Linha do Vouga com a de outras linhas do mesmo género existentes noutros países da Europa, o Movimento Cívico pela Linha do Vouga partiu à descoberta do Museo Vasco del Ferrocarril e do Euskotren (Linha Kostaldea), situados no País Basco, Espanha.
Neste capitulo iremos abordar aquilo que nos deixou verdadeiramente estupefactos... A Linha Kostaldea, inserida na rede de linhas de via estreita (electrificadas) do Euskotren!
Sim, linhas de via estreita electrificadas! Existem aqui mesmo "ao lado", em Espanha. Uma realidade que contrasta com a realidade portuguesa. Em Portugal quase já não existem linhas de bitola métrica, quanto mais linhas deste género electrificadas... Desabafos à parte, a Linha Kostaldea tem diversas parecenças com a original Linha do Vale do Vouga. Primeiro, porque liga a serra ao mar, seguindo o rio Deba e atravessando paisagens que fazem lembrar o ramal de Viseu. Segundo, o estilo arquitectónico francês utilizado na construção das obras de arte.
Neste capitulo iremos abordar aquilo que nos deixou verdadeiramente estupefactos... A Linha Kostaldea, inserida na rede de linhas de via estreita (electrificadas) do Euskotren!
Estação de Deba, Linha Kostaldea, Espanha |
Pormenor da Estação de Deba |
Esta linha é, sem sombra de dúvidas, um exemplo de modernidade e de respeito à funcionalidade deste tipo de via. Prova que em Portugal se tem seguido uma política errada a cada quilómetro de linha que é encerrado.
O Euskotren é uma rede de linhas que liga duas grandes cidades espanholas, nomeadamente Bilbao e San Sebastian. Entre outras composições em circulação na rede Euskotren, aquela que conhecemos, a UT-900 é, por ventura, mais moderna do que as que servem os urbanos da Linha do Norte. Têm total acessibilidade e acondicionamento para pessoas com dificuldades na mobilidade e atingem uma velocidade máxima de 100 km/h. As estações são igualmente modernas e dotadas da mais recente tecnologia. Por exemplo, na estação de Amara/San Sebastian existem torniquetes, fazendo lembrar o metro de Lisboa.
Pormenor dos torniquetes na estação de Amara |
Finalizamos esta reportagem de dois capítulos com uma mensagem para todos os que gerem a ferrovia portuguesa e sobretudo a Linha do Vouga: deixem de uma vez por todas de ter preconceitos para com as vias métricas. Coloquem os vossos olhos nos bons exemplos que existem pela Europa fora. Devolvam a dignidade e a imponência ao nosso querido Vouguinha!
PS: Sabia que as CP Allan 9300 e as CP Sorefame 9630, que circularam e circulam, respectivamente, na Linha do Vouga, estão dotadas de tracção eléctrica?!
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
No âmbito de estudar e comparar a realidade da Linha do Vouga com a de outras linhas do mesmo género existentes noutros países da Europa, o Movimento Cívico pela Linha do Vouga partiu à descoberta do Museo Vasco del Ferrocarril e do Euskotren (Linha Kostaldea), situados no País Basco, Espanha.
Automotora Allan 9301 |
Locomotiva E205 |
Vista panorâmica do museu |
Estas imagens foram captadas durante a visita ao museu, que tem um custo simbólico de 6 euros e inclui viagem no comboio histórico entre a estação de Azpeitia, onde se situa todo o complexo museológico, e a estação imediatamente seguinte Lasao. Como realizamos a visita numa sexta-feira, a viagem procedeu-se na automotora Allan, com uma duração de cerca de 45 minutos para percorrer 10 quilómetros (ida e volta), incluindo paragem em Lasao, para um momento de explicações históricas sobre a antiga via férrea e sobre a automotora. De resto, reencontrar esta automotora e poder viajar nela era o nosso principal objectivo do dia. O comboio histórico a vapor realiza-se apenas ao fim de semana. Percorremos cerca de 800 quilómetros, entre Portugal e Espanha, para ver algo que poderia existir perfeitamente (e até melhor) "aqui ao lado", em Sernada do Vouga.
Paragem em Lasao, num dia chuvoso |
Velho relógio da estação de Lasao |
Já no interior da automotora Allan 9301 |
A visita ao museu deixou-nos com um sentimento misto de satisfação e revolta. Satisfação por existirem espaços deste género, que preservam e valorizam a história das linhas métricas. Por outro lado, revolta pelo simples facto de não existir algo do género em Portugal. O nosso país encerrou mais de 700 quilómetros de vias férreas nos últimos anos, a maioria eram via estreita. Restam os 90 quilómetros da Linha do Vouga, que ligam Espinho e Aveiro, e os 4 quilómetros do Metro de Mirandela (ex. Linha do Tua) entre Carvalhais e Mirandela.
Fachada do museu de Macinhata do Vouga, Portugal |
Existem, para além do núcleo museológico de Macinhata do Vouga, outros museus, em Portugal, dedicados quase exclusivamente às linhas métricas, tais como o museu de Lousado e o núcleo de Arco de Baúlhe. No entanto, nenhum destes apresenta um espólio tão elaborado e tão vasto como o do Museo Vasco del Ferrocarril, muito menos a possibilidade de interagir num verdadeiro museu vivo, com viagens históricas. Concluímos, portanto, com esta viagem, que o complexo de Sernada do Vouga, aliado ao núcleo de Macinhata do Vouga, é o único em Portugal que apresenta, do nosso ponto de vista, todo o potencial para se tornar em algo muito semelhante, ou até superior, daquilo que encontramos na região basca, uma vez que a Linha do Vouga continua activa.
No próximo capitulo iremos abordar aquilo que nos deixou verdadeiramente estupefactos... A Linha Kostaldea, inserida na rede de linhas de via estreita (electrificadas) do Euskotren!