Allan CP9310 no exterior das oficinas de Guifões, a 23 de novembro de 2024. Foto: Histórias de Comboios |
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
sábado, 23 de novembro de 2024
MCLV, 23 de novembro de 2024
Foi há 116 anos que el rei D. Manuel II inaugurou a Linha do Vouga. A 23 de novembro de 1908, o último monarca de Portugal percorria o primeiro troço desta linha, entre Espinho e Oliveira de Azeméis, naquela que é agora a última em via estreita em funcionamento no nosso país.
Atualmente, a via férrea que continua a ligar Espinho a Aveiro pelo interior do distrito, encontra-se em processo de requalificação e este ano trouxe alguns avanços a esse respeito, nomeadamente o início dos trabalhos de renovação de via do troço central, assim como a adjudicação de iguais trabalhos para o troço Feira-Espinho e o lançamento do concurso público para o troço Águeda-Aveiro.
Por mais 116 anos ao serviço das populações aveirenses! Muitos parabéns à Linha do Vouga e ao nosso querido Vouguinha!
MCLV, 23 de novembro de 2024
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Cruzamento de duas automotoras Allan, na estação de Pinheiro da Bemposta, em 1999. Foto: Maarten Van der Velden |
Embora sem garantir se o fará ainda durante os trabalhos de renovação integral de via que estão a decorrer, a Infraestruturas de Portugal (IP) confirmou-nos esta semana que irá mesmo repor os Aparelhos de Mudança de Via (AMV, vulgo agulhas) nas estações de Pinheiro da Bemposta e de Albergaria-a-Velha.
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Avanço da modernização da Linha do Vouga volta a estar ameaçado com opção do atual governo por mais um estudo |
No passado dia 7 de novembro, decorreu na Assembleia da República a audição ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, no âmbito do debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025.
Na interpelação, a deputada socialista começou por apontar que "neste momento o que eram objetivos claros e decisões já tomadas (pelo anterior governo), vertidas no Plano Ferroviário Nacional, passaram a declarações opacas e decisões desconhecidas". Admite ainda que, daquilo que tem ouvido, agora "está tudo em aberto" e critica o governo atual por não "adiantar mais detalhes”.
Partilhando as mesmas preocupações que este movimento cívico, Susana Correia afirmou ainda que o seu partido está convicto de que "corremos o risco de levantar os carris e, tal como aconteceu com grande parte da rede de via estreita em Portugal, nunca mais serem colocados novos”. No fim da sua intervenção, voltou a apontar o dedo à atual tutela, relembrando que foi durante a governação PSD/CDS que se propôs o encerramento daquela linha, no então designado “Plano estratégico de Transportes” de 2011.
Já Paulo Cavaleiro, apresentando-se como um dos principais defensores da mudança da bitola no troço norte da Linha do Vouga, saudou a tutela e mostrou-se agradado pelo facto da nota explicativa do Orçamento de Estado ir ao encontro das suas pretensões, visto ser objetivo deste governo, e passamos a citar, "o prosseguimento dos estudos e projetos em curso e a contratação do estudo de viabiliade técnica e ambiental da Linha do Vouga".
Partilhando também da mesma preocupação deste movimento cívico, o deputado social-democrata apelou à inclusão da Linha do Vouga no sistema intermodal Andante, considerando que "é importante garantir que o maior elemento de coesão territorial da Área Metropolitana do Porto, o Andante, chegue à Linha do Vouga".
Em resposta aos referidos deputados, o Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, fez alguma confusão entre supostas "reuniões secretas" e o evidente secretismo com o qual consideramos ter estado envolto o resultado dessas mesmas reuniões com os autarcas da zona sul da AMP, e defendeu-se perante essa situação afirmando que "o processo é absolutamente transparente". Recordou, ainda, que a Linha do Vouga está em intervenção pela sua modernização e confirmou que o governo está a estudar como é que a esta via férrea poderá ser ligada à Linha do Norte, revelando que a solução ainda não está fechada. O Ministro foi ainda mais longe e confirmou também que a tutela estará "a pensar numa solução ainda mais perene que possa criar sinergias, nomeadamente com a Linha do Norte" e, como tal, encontra-se "a fazer os estudos para prosseguir com esse objetivo".
Ora, relembramos que terá sido precisamente um estudo de impacte ambiental que reprovou a ligação direta da Linha do Vouga à Linha do Norte, em Silvalde (Espinho), devido à proximidade ao campo de golfe ali existente, o que terá acabado por se revelar o fator determinante que levou o governo anterior a optar por planear a sua modernização mantendo a bitola métrica e extendendo a via à superfície até junto da estação de Espinho, por forma a repor ali a extinta interface.
Perante a opção do atual governo em gastar verbas em mais um estudo, ao invés de, por exemplo, avançar com os trabalhos necessários para a reposição da dita interface em Espinho, partilhamos portanto da opinião de que o que era uma certeza voltou a ser uma indecisão. A obsessão instalada pela mudança da bitola no troço norte só servirá para atrasar ainda mais o processo de modernização que já se arrasta há anos e voltamos a alertar, uma vez mais, que continuar a alimentar ilusões de mudança de bitola para a Linha do Vouga, é seguir por um caminho perigoso que pode, na pior das hipóteses, levar ao seu encerramento definitivo.
MCLV, 19 de novembro de 2024
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
No passado dia 7 de novembro, foi publicada em Diário da República a Resolução da Assembleia da República n.º 98/2024, que recomenda ao Governo a aprovação do Plano Ferroviário Nacional (PFN).
No que respeita à Linha do Vouga, citando o documento, "a Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição da República Portuguesa, recomendar ao Governo que:
l) No Sistema Urbano Norte Litoral, composto pela Área Metropolitana do Porto e pelas Comunidades Intermunicipais do Cávado, Ave e Aveiro:
iii) Modernizar integralmente a Linha do Vouga e estabelecê-la como eixo de transporte local de qualidade."
Este é um avanço importante para o futuro desta linha, uma vez que a sua modernização integral deixou de ser uma simples intenção inscrita no PFN e passou a ser uma vontade política, cuja concretização é recomendada ao Governo. A propósito da consulta pública com vista à melhoria do PFN, relembramos que o MCLV apresentou e contribuiu com um manifesto apelando à modernização da Linha do Vouga mantendo a bitola métrica (ver aqui).
Dessa resolução, destacamos também o seguinte ponto:
"m) Identificar linhas ferroviárias com potencial de exploração ou de promoção turística e estabelecer princípios gerais para o seu desenvolvimento".
Ora, uma das nossas grandes reivindicações é precisamente a reabertura da Linha do Vouga entre Sernada do Vouga e Paradela (ver aqui), algo que se encaixa no desígnio do ponto acima citado. Tratando-se de um assunto de extrema importância para coesão do interior do distrito de Aveiro, é por isso o momento de deixar de encará-lo como um simples "sonho", transformando-o em algo merecedor de uma séria discussão política.
Documento integral da resolução para consulta:
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/resolucao-assembleia-republica/98-2024-895836363
MCLV, 13 de novembro de 2024